Encontrei este artigo na internet e gostaria de compartilhar alguns trechos com vocês. Confesso que mudei de idéia em relação ao assunto e que agora sinto-me menos culpada por colocar meu filho na cama conosco. Não tem nada de errado nisso, muito pelo contrário, veja. Quero falar deste assunto e dividir minhas impressões com vocês. Depois que o Arthur começou a dormir em nossa cama à noite tudo melhorou, para nós três nós só tivemos benefícios com esta prática e certamente vamos continuar. Não estou defendendo nada, só quero mostrar o que eu acho disso e porque optei por esta prática.
Este artigo foi retirado do Capítulo 4 do livro de Aletha Solter, "The Aware Baby (revised edition)" - "O Bebê Atento” (edição revisada). Copyright © 2001 by Aletha Solter. (Direitos Autorais de Aletha Solter)
Quando e como a prática natural de dormir com as crianças se perdeu na Cultura Ocidental?
(…) Durante o século 20, as crianças das sociedades tecnológicas foram mais separadas de suas mães do que em qualquer época anterior na história da nossa espécie. Mais e mais nascimentos aconteceram em hospitais, e os berçários nos hospitais foram inventados para proteger as crianças de infecções. Desde o início, esperava-se que os bebês dormissem sozinhos, longe de suas mães.
O declínio da amamentação, promovido pela empresas produtoras de leites substitutos, mais tarde contribuiu para agravar esta separação entre mães e bebês. Durante a amamentação, as mães normalmente produzem hormônios (como a oxitocina e a prolactina), que ajudam a criar um forte desejo de ficar perto dos seus bebês.
(…)Os bebês têm fortes necessidades de conexão que pesquisadores científicos estão apenas começando a entender. A necessidade de contato físico, tanto de dia como de noite, é uma necessidade vital e legítima durante os primeiros anos. Anna Freud, a filha de Sigmund Freud, reconheceu isso quando escreveu: "É uma necessidade primitiva da criança ter contato íntimo e aquecedor com o corpo de outra pessoa enquanto pega no sono.... A necessidade biológica do bebê pela presença constante dos cuidados de um adulto é desconsiderada em nossa cultura ocidental, e as crianças são expostas a muitas horas de solidão devido ao conceito equivocado de que é saudável para o jovem dormir ... sozinho."
Alguns especialistas em educação infantil defendem que os bebês nunca vão querer sair uma vez que tenham sido levados para a cama dos pais. Isto pode ser verdade durante os primeiros anos quando as crianças precisam de intimidade e segurança. Porém, não precisamos forçar as crianças a ficarem independentes. Isto ocorre naturalmente quando a criança supera suas necessidades de bebê.
(…)Dormir com seu bebê pode exigir tempo de adaptação, mas com um pouco de insistência, dividir a cama pode se tornar um prazer para todos. Entretanto, se isso não funcionar bem para você, então pelo menos você pode proporcionar a intimidade física a seu bebê até que ele adormeça, e pode atendê-lo prontamente quando ele acordar durante a noite.
Aviso Importante:
Foram reportados casos de sufocamento infantil ao dormir na mesma cama com os pais, a U.S. Consumer Product Safety Commission (Comissão Americana de Consumidores de Produtos Seguros) não recomenda que se divida a cama com um bebê. O perigo de se rolar por sobre o bebê é maior durante os 3 primeiros meses, e o perigo do bebê ficar preso em alguma fenda é maior entre 3 e 7 meses. Porém, existem muitas mortes reportadas de bebês dormindo sozinhos nos berços.
Então onde quer que seu bebê durma, é importante que você tome precauções de segurança. Se você dorme com o seu bebê, as seguintes dicas de segurança ao compartilhar a cama devem ser observadas:
Dicas de Segurança para Compartilhar a Cama
As seguintes dicas de segurança se aplicam a qualquer pessoa que compartilhe a cama com um bebê (não apenas a mãe).
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Não use nenhum tipo de droga que possa afetar seu sono (álcool, tranqüilizantes, antidepressivos, drogas ilegais, etc.)
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Nunca fume no quarto onde um bebê dorme.
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Use um colchão firme. Não durma com seu bebê em um colchão macio ou colchão d'água, puff, ou sofá.
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Tome precauções para que seu bebê não caia da cama.
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Evite fendas entre a sua cama e a parede. Tenha certeza de que há um encaixe perfeito entre o colchão e a parede e a cabeceira, e use protetores acolchoados, como no berço.
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Nunca coloque o bebê em um travesseiro.
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Sempre coloque seu bebê para dormir de costas.
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Não use edredons.
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Não coloque na cama nenhum bichinho de pelúcia (ou de verdade!).
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Não durma com seu bebê se você está obeso.
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Prenda o seu cabelo se ele for muito longo.
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Não deixe seu bebê compartilhar a cama com outra criança.
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Não coloque seu bebê próximo a cortinas com cordões pendurados.
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Nunca deixe seu bebê sozinho em uma cama de adulto.
Este texto pode ser lido, original em inglês,
Traducao: Andreia Mortensen
Sobre este artigo o que mais gostei foram todas estas citações históricas, dormir com os pais é algo muito antigo e qual é o problema de fazermos isso hoje em dia? Por experiência própria, Arthur está com quase 2 meses. Algumas vezes dormiu na cama conosco e não nos dá trabalho. Agora mesmo ele está lá quietinho no berço dele. Tem dias que ele quer proximidade, calor, carinho e porque não dar isso a ele? Porque sermos pais frios que querem ensinar independência a um bebê de poucos dias de vida?
O fato do bebê estar por perto auxilia muito na hora de amamentar, não preciso acordá-lo ou mantê-lo desperto para isso, hoje em dia amamento deitada mesmo e acabamos dormindo logo depois por estarmos relaxados. Claro que tomamos todas as precauções em relação a segurança!
Uma criança cujas necessidades são atendidas está mais apta a crescer com uma independência saudável. Existe também toda uma gama de outros benefícios em se compartilhar o dormitório.
Quando a criança está no útero, ela está fisicamente conectada à mãe pelo cordão umbilical. O líquido aminiótico e as fortes paredes do útero promovem estimulação tátil. A criança sente a conexão física. Quando o bebê nasce, enquanto ainda fica muito tempo sendo carregado, a média dos bebês americanos também passa um tempo significativo separados de seus pais. O bebê dorme em uma cama sozinho à noite ou durante os cochilos diurnos, assim como fica algum tempo no balanço, bebê-conforto, moisés e outros aparelhos projetados para segurá-lo de modo que não tenha que ser carregado no colo. Isso é fonte de frustração e ansiedade para o bebê, que estava acostumado a sentir constantemente a conexão física com sua mãe. Colocá-lo em uma cama sozinho, em outro quarto, longe dos sons e sinais familiares, e longe do contato físico de que ele precisa pode produzir muito medo no bebê. Como ele ainda não teve a experiência ou o desenvolvimento cognitivo para lidar com estas situações, ele precisa da presença de outra pessoa para mediar os efeitos destas experiências emocionais. Muitos ditos "especialistas" hoje em dia clamam que você coloque seu bebê em sua própria cama e o "deixe chorar". Isso só cria uma atmosfera de medo e frustração para a criança, que não entende porque você se recusa a cuidar dela. Um sentimento muito básico de desconfiança começa a se desenvolver.
As crianças que levam horas durante a noite sem serem tocadas também estão perdendo o estímulo fisiológico vital de que precisam para funcionar apropriadamente.
Blogs onde li sobre o assunto:
Aqui você vai encontrar um artigo exclente sobre o assunto. E para concluir, acho que cada um é cada um. Para mim tem funcionado. Colocamos o colchão neonatal que vem no carrinho para que ele durma de forma segura. Gente, pelo menos pra mim, nunca mais tive um sono pesado a ponto de não ouvir meu bebê a metros de distância, que dirá ao lado na cama, nunca esbarrei nele dormindo, nem eu, nem meu marido. Não vejo razão para tanto alarde em relação a cama compartilhada. Alguém me mostra uma pesquisa que mostre que realmente a quantidade de mortes em bebês em cama compartilhada é significativa? Sempre falam mas nunca mostram, onde está a fonte destas pesquisas? Onde foi publicado? Para mim funciona e muito bem obrigada!
E você, o que pensa sobre este assunto? É contra ou a favor? O que pensa sobre o assunto? Vamos trocar idéias?